26 de maio de 2014

lhasa

Desde sempre que é difícil chegar ao Tibete.
O planalto tibetano está arrumado entre várias cordilheiras montanhosas, os Himalaias a Sul, o Karakoram a Oeste, o Kunlun a Norte, que dificultam qualquer aproximação terrestre. "Que o digam" os primeiros missionários portugueses que lá chegaram no sec.XVII atravessando os Himalaias vindos da Índia.

E ao longo do sec.XIX, o Tibete sempre forçou o seu isolamento por temer os planos de expansão da Rússia para Sul e da Índia para Norte. 
Com medo de ser entalado no meio de dois gigantes, o Tibete baniu simplesmente todos os estrangeiros do planalto, que eram vistos como demónios e considerados destabilizadores da paz e da liberdade.

Agora tudo mudou, é o próprio Dalai Lama que, à distância, encoraja todos os viajantes a visitarem o Tibete e a aprenderem sobre o seu povo e costumes.
Depois da ocupação chinesa, são as burocracias, permits e autorizações, que dificultam a chegada de estrangeiros.
Chegamos a Lhasa, no comboio que liga umbilicalmente o Tibete à China mas contam-se pelos dedos de uma mão os estrageiros no chekpoint militar da estação faraónica.

Mas tinhamos mesmo muita vontade de chegar.
É muito difícil descrever o magnetismo que o Tibete e mais especificamente Lhasa exercem sobre os viajantes, mas ver o Potala ao longe eriça os pêlos a qualquer um.
Quando saimos do comboio, tiritamos de frio e de entusiasmo por termos chegado à verdadeira cidade proibida, Lhasa, que tantos exploradores tentaram alcançar em vão ainda há menos de 100 anos atrás.

Encontramos uma cidade ao mesmo tempo antiga e moderna, que não esconde o seu glorioso passado longínquo, nem o seu trágico passado recente. 
Uma cidade que nos apaixona imediatamente.












Tashi delek! Bem vindos a Lhasa!

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