Acordamos de madrugada a ouvir o riacho que
passa no meio das árvores que abrigam o Camp Torres.
Não somos os únicos. Muita gente se prepara
para a última parte da caminhada que nos coloca frente a frente com as maravilhosas
Torres del Paine.
A cereja no topo deste bolo são os primeiros 10
minutos de Sol que pintam as paredes das Torres de vermelho, por isso esta
caminhada é feita ainda de noite.
Deixamos as mochilas na tenda, enchemos o
cantil no riacho, pego na máquina fotográfica e partimos para a caminhada de
aproximadamente 1h sempre a subir num trilho rochoso.
À medida que vamos subindo, percebemos que não
se vêem estrelas, e eu vou pensando que de céu nublado, o mais certo é não
encontrarmos uma paisagem de cores muito vivas.
Mas a Patagónia é uma terra de surpresas.
Uma viagem à Patagónia será sempre uma viagem
pautada por sensações fortes.
Primeiro, a paisagem soberba, claro, para
isso uma imagem valerá sempre mais que mil palavras. Depois a percepção que
temos dos nossos limites, da nossa resistência física e o choque ao percebermos
que afinal aguentamos tão mais e precisamos de tão menos do que pensávamos. Por
fim, os momentos, as experiências, também elas imponentes. Na Patagónia não só fui
constantemente relembrada de que a Natureza está muito viva e a pulsar de energia,
mas também eu me senti inexplicavelmente muito viva.
Quanto às cores, mesmo de céu nublado, mesmo sem paredes vermelhas, nunca
vi um azul-turquesa tão vivo como o daquela lagoa.
E as Torres, são tal como sempre as imaginei, maravilhosas.
E as Torres, são tal como sempre as imaginei, maravilhosas.
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