São 04h30. Estão -5ºC na rua. O ar é muito seco por isso não há nem um pico nevado.
Vamos ver os geysers “Sol de Mañana”, que são mais extraordinários antes do nascer do sol. Vemos impressionantes lagoas de lama em bolhas gigantes.
Alertam-nos para a altitude, aqui 5000m “é melhor mascar umas folhas de coca” mas a única coisa que me incomoda neste momento é o frio, entranhado nos ossos. Estou gelada.
O Sol nasce.
Descemos em direcção à Lagoa Polques onde encontramos spots de águas termais. Como estão abrigados do vento lá perco a cabeça e a vergonha e começo a despir-me com aquele frio para entrar na água a 35ºC.
Excelente. O antídoto perfeito para os meus pés gelados a noite toda.
Ao pequeno almoço, muitíssimo bem dispostos, comemos panquecas com doce e iogurte com frutos enquanto tagarelamos com os nossos companheiros argentinos.
Delicioso.
Quando partimos o meu coração começa a bater mais depressa.
Estamos a poucos km da Lagoa Verde. E ainda passamos por cenários inacreditáveis. Não acredito que estou aqui. Estou completamente feliz.
A Lagoa Verde aninhada no Vulcão Licancabur aparece em 1 segundo depois de subirmos uma colina, é como uma descarga de adrenalina. Ficamos de boca aberta de espanto.
Só penso que na primeira vez em que imaginei viajar na Bolívia achei que este sítio escondido num cantinho do país seria algo de remoto e inalcansável. Mas ainda bem que aqui estamos. É o tipo de local que nos faz vir lágrimas aos olhos. Uma verdadeira rota de jóias no deserto.
4 comentários:
Belo blog! Parabéns. Vou visitá-lo mais vezes. Quando puderes passe lá pelo meu! Saudações.
A Lagoa Verde foi um dos locais onde mais gostamos de estar em todas as nossas viagens. Inesquecivel!
Bjs
gosto particularmente da foto em tons de castanho, e também da foto da lagoa...o banhinho quente entra aquela gente toda a fumegar deve ter sido algo para recordar
Até me deu um arrepio a ler este post e a ver este set de fotos...
Paisagens lunares.. Geysers...
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