O Lord Byron escreveu que “Sevilha é conhecida pelas sua laranjas e
pelas suas mulheres” e também, poderão os seus visitantes certamente acrescentar,
pelo calooor imenso que faz mesmo ainda nos primeiros meses do ano.
Sevilha é considerada o centro da música e da cultura flamenca e gitana pois é terra natal de muitos dos
seus precursores.
A sua reputação de alegria, intensidade e vigor é amplamente merecida e
expressa-se em grande escala durante a Semana Santa, na Páscoa e na Feria de
Abril, na Primavera.
Mas para além disto, recuando um bom bocado no tempo, Sevilha foi uma
das primeiras conquistas mouras durante o califato de Córdoba, no ano de 712, e
transformou-se na segunda cidade do Al-Andaluz.
Os séculos seguintes, sob a autoridade dos sucessivos governantes
árabes e berberes do norte de África, foram determinantes para o
desenvolvimento da cidade, na arte e na arquitectura, que culminou na construção
do edifício mais bonito de Sevilha, onde finalmente pus os meus olhos, e pés...
A Giralda.
A Giralda era o minarete da mesquita de Sevilha e o epítome máximo da
arquitectura do período Almohad. Tal era a sua fama, que de acordo com algumas
opiniões, terá servido de modelo para a construção de outros minaretes nas
cidades imperiais, como por exemplo a Koutoubia de Marrakech... mas outras opiniões
dirão que foi ao contrário.
A mim, importa-me apenas o facto de ambas estarem eternamente interligadas
como impressionantes e belíssimos monumentos do mundo islâmico.
Junto à Giralda encontramos o Pátio dos Naranjos, que ainda guarda a antiga
fonte moura usada para as abluções diárias antes das orações, e as fotogénicas laranjeiras
milimetricamente organizadas com o seu próprio sistema de rega, contemporâneo
da fonte.
Mas apesar da minha insistência, Sevilha não é só a Giralda!
Para além das mega-festas anuais, encontramos sempre as ruas estreitas
e medievais do bairro de Santa Cruz, a Plaza de España, o flamenco e os gitanos
de Triana, a icónica praça de touros La
Maestranza, a antiga fábrica de tabaco onde trabalhava a “Carmen” de Bizet,
os melhores bares de tapas, a melhor animação nocturna, o Rio Guadalquivir, a
sombra de um laranjeiro em cada pátio... tudo o que é na sua essência... Andaluz.
2 comentários:
bonitas fotografias..
Hum...cara lavada e logo com a bela e quente Andalucia
me gusta.
Enviar um comentário