A simpatia dos nepaleses desarma-nos assim que chegamos,
mas a verdade é que as coisas no Nepal não funcionam bem como na China.
Para começar, temos logo um furo a 10km de Kodari (nepali
border).
Mas isso só é motivo de preocupação para os chineses que
viajam connosco. No Nepal é “take it easy, havemos de chegar”.
E como há qualquer coisa na capacidade de improviso e de
desenrrascanço dos nepaleses, com a qual inexplicavelmente me identifico, ainda
agora cheguei mas já estou a adorar.
O furo é resolvido em meia hora mas entretanto aproveito
para olhar em volta. Estão 30ºC, nem acredito que amanheci no base camp do
Everest. Os miúdos andam descalços na estradas de terra batida. Aproveitam para
se aproximar curiosos, mas já estão habituados a gente estranha.
Seguimos ao longo de um rio. As estradas estão sempre em
mau estado por causa das chuvas da estação húmida e praticamente não há
alcatrão.
Vemos pontes suspensas de onde alguns turistas fazem
bungee jumping.
Viajamos com um rapaz que é guia de viagens no Nepal,
tinha ido deixar um grupo de turistas russos à fronteira e agora voltava para
Kathmandu. Está contente por ter com quem conversar.
“Aqui bebem-se bebidas chinesas e ouvem-se músicas
indianas” diz-me.
“O Nepal está abrigado entre 2 gigantes, mas vai tirando
partido de outros muito maiores, as suas montanhas, que tanto têm para dar aos
viajantes”.
“Isso não há em mais lado nenhum do mundo”.
pois não...
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