Toda a gente sabe que o melhor de viajar é ser
surpreendido. Seja numa aventura trans-himalaica, ou num fim-de-semana no Alentejo,
ou numa cidade como Paris.
Aqui ficam as supresas que Paris me
reservou, o que mais adorei, o meu “best of”:
Os Mercados
Muitos parisienses não vão ao shopping fazer
compras, o shopping é que vem até eles. Todos os dias da semana existem
mercados em vários pontos da cidade e parar num deles é um absoluto must.
São mercados que se montam de
manhã e desmontam à tarde e há mercados para todos os gostos, de velharias, de roupa, de flores, e de comidas (os meus preferidos).
No Inverno existem os mercados de Natal (de dia
e de noite) e não há frio que afaste os parisienses da rua, “marrons et vin chaud” (castanha
assada e vinho quente) ajudam a aquecer.
Os Cafés
Dizem que uma das melhores maneiras de apreciar
Paris é sentando num dos seus muitos cafés e esplanadas e ficar só a ver a vida
a passar.
Ora nós, portugueses, sabemos muito bem como
isso é tão bom, não precisamos de ir a Paris para entender este prazer comum, de
sentar com amigos numa esplanada, conversar durante horas, beber um cafezinho
ou uma cerveja, ler o jornal, sem pressas. Ou seja, não posso dizer que tenha ido para Paris para me sentar
nos seus cafés.
O que me surpreendeu e agradou de sobremaneira foi
o facto de mesmo com uns invernosos 5ºC de temperatura ver as esplanadas no
exterior dos cafés confortavelmente cheias. Em Portugal a cultura da esplanada
ainda é relativamente sazonal, mas em Paris TODAS as esplanadas estão equipadas
com sistemas de aquecimento que permitem às pessoas gozarem do prazer do café na
rua, mesmo no inverno.
Les Nympheas
Qualquer museu que se preze tem nenúfares do
Monet, por isso até já tinha visto um ou outro. Mas, como se costuma dizer, nada
me preparou para o que encontrei dentro daquelas duas salas ovais do Musée de L’Orangerie.
As salas têm luz natural do tecto, e as
pinturas foram dispostas (de acordo com instruções do próprio autor) de modo a
que o visitante pudesse “mergulhar” nelas e ter uma experiência o mais próxima
possível da que ele teve quando as pintou.
Os Jardins
Existem centenas de parques e jardins por toda
a cidade. Foram construídos e pensados para os residentes poderem estar em
contacto com a Natureza e assim escaparem à vida citadina.
Isso pode não parecer nada de especial para
quem visita a cidade em apenas alguns dias, mas foi mesmo óptimo descansar um bocadinho
no Jardin du Luxembourg depois de uma manhã de correria no Louvre.
Le Marais, num domingo
Ruelas entrelaçadas, bares, restaurantes, lojas
vintage, padarias artesanais, galerias de arte, pequenos museus, mercearias
antigas, tudo condensado numa área relativamente pequena levaram-me a adorar
este bairro.
Aqui concentra-se a maior parte da comunidade
judaica de Paris, por isso está tudo aberto e animado aos domingos, quando
outras partes da cidade estão mais sonolentas.
Ter lá estado no dia em que começava o Hanukkah
pode ter ajudado a esta paixão inesperada. O falafel que comi ajudou de
certeza.
Passear na margem do Sena
Paris é uma cidade praticamente plana que pode
perfeitamente ser explorada a pé.
Um dos meus passeios preferidos foi ao longo
de uma das margens do Sena ao entardecer.
Velib
Apesar de Paris ter um sistema de transportes públicos
fenomenal e apesar de ser uma cidade optima para andar a pé, o que me
conquistou mesmo foram as bicicletas.
O Velib é um programa genial de aluguer de bicicletas com
milhares de bicicletas espalhadas pela cidade e centenas de pontos de
pickup/dropoff, e tão barato.
Laduree
Na Laduree entramos no mundo colorido da Marie
Antoinette onde temos à escolha um arco-íris inteiro de sabores de macarons. A
acompanhar um chá de ervas é perfeito para por fim ao mais persistente desejo de gulodice.
E eu até pensava que não gostava de macarons.
Saint Chapelle
Adorei os vitrais de Notre Dame, mas a Saint
Chapelle (lá nas redondezas) arrepiou-me dos pés à ponta do cabelo.
Space Invaders
Os space
invaders são um projecto artístico alternativo espalhado por toda a cidade
(e pelo mundo) cujo objectivo é libertar os space
invaders dos jogos de computador e trazê-los para o nosso mundo usando
pequenos azulejos para materializar a pixelização.
Não é raro ir a passear tranquilamente e de
repente (!) pop up (!) lá aparece um simpático invader
para nos arrancar um sorriso.
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