Posso dizer que ver o Fitz Roy ao amanhecer actua como uma
injecção de felicidade.
Senti-me como se tivesse presenciado um daqueles eventos místicos e raros que precisam
de vários planetas alinhados para acontecer.
Mas ainda havia tanto, e tão bonito, por ver.
De volta ao Camp Poincenot seguimos o trilho
para a Hosteria del Pilar, uma longa descida acompanhando o Rio Blanco, com
fantásticas vistas para o Glaciar Piedras Blancas de onde, de vez em quando, se iam desprendendo
blocos de gelo que ficavam a flutuar na lagoa.
A cor azul turquesa esbranquiçada da água que vemos nos rios, lagos e lagoas deve-se às partículas em suspensão que resultam da abrasão do gelo dos glaciares na base rochosa.
A cor azul turquesa esbranquiçada da água que vemos nos rios, lagos e lagoas deve-se às partículas em suspensão que resultam da abrasão do gelo dos glaciares na base rochosa.
O azul do glaciar é um azul vivo e saturado, ganhando tonalidades impressionantes ao mínimo raio de Sol.
É impossível não ir pensando na sorte que é andar a passear por aqui, quase que até já nem sentia o peso da mochila.
Vou cantarolando caminho abaixo mas sou interrompida pelo "toc-toc-toc" dos pica-paus Magalhães. Tão atarefados!
À medida que vamos descendo também nos vamos afastando das montanhas e ganhamos outra perspectiva dos vários glaciares que derivam do Campo de Gelo Continental Patagónico Sul, um dos pontos de fronteira entre a Argentina e o Chile.
E quando, por fim, chegamos cá a baixo, onde o Rio Blanco desagua no Rio de las Vueltas, podemos finalmente descansar e fazer o balanço dos primeiros 3 dias de caminhadas na Patagónia Argentina.
Dados
(aproximados): distância: 7km | duração: 3h00
| desnível total: 50m(up) 300m(down)
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