O grande plano de marketing turístico de
Ushuaia, a maior cidade da Terra do Fogo, deriva da sua localização
geográfica e panorâmica, na margem do Canal Beagle, e baseia-se no conceito de fim do mundo.
“Bem-vindo!
Chegou ao fim do mundo!” mostra o cartaz no centro da
cidade.
Sempre achei esse slogan um pouco limitador. A
viagem de autocarro desde Puerto Natales é muito longa, atravessa paisagens
desérticas e estéreis, mas na verdade não senti ter chegado ao fim do mundo
quando finalmente me vi na cidade.
Nem de perto nem de longe.
Nem de perto nem de longe.
Primeiro porque é uma cidade enorme. Foi a maior
cidade em que estivemos nesta viagem à Patagónia e Terra do Fogo, uma zona
franca que nas últimas décadas se desenvolveu exponencialmente e que apresentou
oportunidades de prosperidade aos seus habitantes.
Depois porque, de facto, o mundo não acaba em Ushuaia. E isso nota-se.
Do outro lado do Canal Beagle, a vila chilena de Puerto Williams vai-se desenvolvendo com a crescente demanda turística e a localização destas cidades na zona do planeta mais próxima da Antárctida, faz com que existam muitas agências especializadas em organizar cruzeiros com destino ao continente branco e ao Cape Horn.
Muitas das pessoas que chegam à cidade continuam ainda em direcção a Sul.
Não parecem existir limites.
Do outro lado do Canal Beagle, a vila chilena de Puerto Williams vai-se desenvolvendo com a crescente demanda turística e a localização destas cidades na zona do planeta mais próxima da Antárctida, faz com que existam muitas agências especializadas em organizar cruzeiros com destino ao continente branco e ao Cape Horn.
Muitas das pessoas que chegam à cidade continuam ainda em direcção a Sul.
Não parecem existir limites.
Ou seja, mesmo com a Antárctida a menos
de 1000 km de distância, não encontrei os pubs poeirentos e parados no tempo onde, no meu
imaginário, se costumavam juntar velhos lobos de mar, a beber whisky, à espera de boleia para uma qualquer
expedição em direcção ao grande desconhecido.
Antes pelo contrário. A cidade vibra de agitação de pessoas que se vão movimentado entre experiências outdoor, lojas de roupa de aventura, mercearias vintage que viraram bares, chocolatarias gourmet e restaurantes que servem as maiores (e mais deliciosas) santolas que já vi.
Antes pelo contrário. A cidade vibra de agitação de pessoas que se vão movimentado entre experiências outdoor, lojas de roupa de aventura, mercearias vintage que viraram bares, chocolatarias gourmet e restaurantes que servem as maiores (e mais deliciosas) santolas que já vi.
O movimentado porto de Ushuaia faz parte integrante da
dinâmica da cidade.
Misturam-se os cargueiros que atracam e zarpam carregados de contentores e os barcos de lazer, sejam os cruzeiros para a Antárctida ou os barcos turísticos de navegação no Canal Beagle, que proporcionam aos visitantes uma observação muito próxima da fauna característica desta região, como os lobos marinhos e cormoranes.
Ushuaia é uma cidade bem viva onde a única coisa que está realmente parada é o navio St Christopher, o rebocador encalhado no porto desde 1954.
Desculpa Ushuaia, mas não me soubeste a fim do mundo.
Misturam-se os cargueiros que atracam e zarpam carregados de contentores e os barcos de lazer, sejam os cruzeiros para a Antárctida ou os barcos turísticos de navegação no Canal Beagle, que proporcionam aos visitantes uma observação muito próxima da fauna característica desta região, como os lobos marinhos e cormoranes.
Ushuaia é uma cidade bem viva onde a única coisa que está realmente parada é o navio St Christopher, o rebocador encalhado no porto desde 1954.
Desculpa Ushuaia, mas não me soubeste a fim do mundo.
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