Uma das coisas que mais gostei, nesta minha
incursão à Patagónia e Terra do Fogo, foi poder encarnar o fotógrafo da
National Geographic que há em mim.
Estando em Ushuaia, o que não faltam são
oportunidades para fazê-lo, umas mais disputadas que outras, por isso a única
coisa que levei reservadíssima de Lisboa foi a caminhada na Isla
Martillo, uma ilha no Canal Beagle relativamente perto de Ushuaia.
A Isla Martillo faz parte da Estancia
Harberton, a primeira estância a ser fundada na Terra do Fogo, e alberga uma
vasta colónia de Pinguins de Magalhães, que aqui vêm fazer os seus ninhos de
Setembro a Abril.
Todos os anos os pinguins voltam a esta ilha.
Primeiro chegam os machos que escolhem o melhor local para construírem o seu
ninho quando não é possível aproveitar o mesmo do ano anterior. Alguns dias
depois chegam as fêmeas que põem normalmente 2 ovos por casal. Sempre o mesmo
casal de pinguins.
As crias nascem a meados de Novembro e ficam no
ninho durante o primeiro mês. Nesse período são alimentadas por ambos os
progenitores que se vão revezando.
No fim de Fevereiro as crias tornam-se independentes, deixam a ilha e lançam-se imediatamente ao mar em busca de novas
paragens. Depois seguem-se os adultos.
Foi nesta fase que visitamos a colónia da Isla Martillo.
Foi nesta fase que visitamos a colónia da Isla Martillo.
Por razões de segurança e de preservação do habitat só podem desembarcar nesta ilha 60 pessoas por dia, que depois têm a hipótese de caminhar em trilhos designados, acompanhados por um guia especializado, e estar o mais
próximo possível dos animais no seu habitat natural.
Para além dos Pinguins de Magalhães (de bico
preto, em grande maioria) também vimos alguns Pinguins Papua (de bico laranja)
e 2 Pinguins-Rei (maiores, com uma coloração laranja na cabeça).
Foi assim uma das experiências mais espectaculares de sempre.
National Geographic, já estou a treinar!
National Geographic, já estou a treinar!
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