Numa zona do mundo com clima tão hostil, muito
frio, seco e com um vento arrasador, é fácil imaginar que a agricultura sempre
esteve muito limitada.
Por isso a economia da Patagónia desenvolveu-se
e prosperou fundamentalmente devido a actividades relacionadas com a pecuária.
O povoamento desta região baseou-se na
distribuição de terras para estabelecimento de estâncias destinadas a criação
de ovelhas. As terras eram concedidas e após um período de arrendamento, caso
cumpridas as exigências de permanência, tornavam-se propriedade do ocupante.
Ou seja, uma “estância” era o lugar para se
"estar".
As ovelhas foram trazidas pelos ingleses para Patagónia
no fim do sec XVII, e os primeiros negócios dedicavam-se apenas à produção de
lã devido à inexistência de instalações frigoríficas.
Por toda a Patagónia encontramos muitas
estâncias que hoje em dia também acolhem turistas e lhes possibilitam contactar
e aprender sobre as diferentes tarefas diárias dos gaúchos da Patagónia.
Ver os gaúchos trabalhar como o gado, tosquiar
ovelhas ou percorrer o campo a cavalo são algumas das actividades possíveis de
rechear uma experiência de vida na estância, que o mais certo é terminar à
mesa, a saborear um belo asado argentino acompanhado por um tinto malbec.
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