Adoro percorrer esta zona do Alto Atlas. Por todo o caminho passamos por pequenas vilas fortificadas pelos seus kasbahs acastanhados cor de terra. As torres das mesquitas sobressaem, brancas, ao longe. Os campos são cultivados em socalcos perto do rio... as cores são vibrantes, o castanho da montanha e dos kasbahs, o verde luminoso das culturas, o cor de rosa das flores e das roupas das raparigas nos campos.
Fizemos uma paragem para esticar as pernas no Col Du Tichka – onde a estrada pára de subir e começa a descer - ... e que “big mistake”... quer dizer, não se pode dizer que não soubéssemos o que ia acontecer... E qual é a estratégia desta vez... Bem, convém dizer que estamos no topo de uma montanha... um sítio de passagem... e os turistas que por ali passam têm que ser ardilosamente agarrados...
Aproximam-se às dezenas (sim dezenas)... mas quando vêem a nossa cara de “non, merci” perguntam por medicamentos ou algo para trocar... algo que não tenham ou que lhes faça falta, coisas de Portugal ou assim...
Logo nos sentimos – pelo menos eu – viajantes intrépidos a trocar mercadorias com os nativos em locais onde o dinheiro perde todo o seu valor, etc
Logo nos sentimos – pelo menos eu – viajantes intrépidos a trocar mercadorias com os nativos em locais onde o dinheiro perde todo o seu valor, etc
Hilariante!
Dei-lhes uns ben-u-ron’s, que agradeceram e depois – cá está – fui convidada para entrar numa loja para escolher um “cadeau”... um presente para pagar a troca.... e o resto não é preciso contar... mas saí de lá com mais do que o próprio cadeau.
Vêem-se imensas pessoas a vender aquelas pedras que são brilhantes por dentro... rapazes sozinhos sentados à beira da estrada com as pedras da mão...
... mas, eventualmente as montanhas acabaram e a cidade vermelha aproximava-se....
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