27 de maio de 2016

beagle

Grande parte do tempo que passámos em Ushuaia fizémo-lo com os olhos postos no mar. A cidade está rodeada de montanhas fenomenais, como o Monte Olivia, mas verdade seja dita, é o Canal Beagle que rouba a atenção do viajante. 

E nós não fomos excepção. Adoramos montanhas, mas fomos criados à beira mar.


Assim, no último dia em Ushuaia decidimos fazer-nos ao mar numa experiência de navegação no Canal Beagle.

O Canal Beagle é, junto com o Estreito de Magalhães a Norte e a Passagem de Drake a Sul, uma das três ligações navegáveis entre os Oceanos Atlântico e Pacífico, contornando a América do Sul.

O Canal herdou o nome do navio HMS Beagle, que navegou na Patagónia e Terra do Fogo, sob comando do capitão Robert FitzRoy, e ficou célebre pelas expedições científicas conduzidas pelo naturalista Charles Darwin.
Isto, 300 anos depois de Fernão de Magalhães. 


De manhã cedo, o nosso pequeno barco zarpa do porto de Ushuaia e navega para o coração do Canal Beagle.
Ao longo da viagem, observamos várias ilhas que albergam colónias de animais como leões-marinhos e cormoranes, uma espécie de corvo-marinho preto e branco.

É fantástico ver os animais no seu habitat natural que fazem as delícias de qualquer amante da fotografia. E os «clicks» vão-se sucedendo.









Mais à frente chegamos ao Farol de Les Eclaireurs, construído em 1920 e um dos ícones de Ushuaia.



No regresso à cidade, paramos numa ilha onde viviam índios Yámanas e caminhamos para apreciar a paisagem. É a última etapa da nossa viagem. 

No caminho encontramos o arbusto de calafate, com as suas bagas arroxeadas.
O nosso guia diz, como é costume, que quem comer uma baga de calafate voltará certamente à Patagónia e estende-me uma mão cheia de bagas. 



Nem penso duas vezes, pelo sim pelo não.
São doces.

Sweet Patagónia.


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