21 de julho de 2006

Paixão Vermelha, MARRAKECH – part I

E de repente estou de volta... o meu coração bate ao mesmo ritmos dos tambores vindos da ainda longínqua Djemma el Fna.
Tenho vontade de correr para lá.
O pessoal está preocupado com o hotel, com as mochilas a carregar, mas eu nem penso nisso. Estou de volta a Marrakech, a minha mochila pesa 100gr e só penso em juntar o meu coração ao coração da cidade.
Não sei se os outros se apercebem do meu entusiasmo mas eu fervilho por dentro.

Deixamos o parque de estacionamento e vamos em direcção à Praça. São 18h30, perfeito, o sol inclinado dá uma cor dourada a tudo o que tem o privilégio de ser iluminado por ele.

Chegamos...
A Djemma el Fna saúda-nos com as suas cores. Começa a ser montado o caos organizado diário das barracas de comida.
Sinto que nasci aqui noutra vida, quero dançar perto dos grupos que tocam e cantam à minha frente...
Danço.


Sou toda sorrisos, mil sorrisos, de felicidade.
O sol também me ilumina. Sinto-me cansada e suja, livre e feliz. Quero estar onde estou. Hoje é este o meu lugar no mundo.








Marrakech mexe com as pessoas, revira-nos por dentro. É uma cidade que vibra literalmente.
Assim que entramos na praça e metem-nos cobras no pescoço, vêm os aguadeiros oferecer água, as meninas das tatuagens de henna chamam-nos por debaixo dos seus chapéus de sol, os músicos pedem gorjetas. Os fumos vão-se espalhando.



Mais tarde entramos nos souks. Tentam vender pau-de-cabinda aos rapazes, nós compramos especiarias e brincamos com camaleões.

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