13 de janeiro de 2011

Abu Simbel

21-Outubro-2010





Abu Simbel é o epítome do orgulho e do ego de Ramsés II. É um dos 6 templos que o grande faraó decidiu erigir na Núbia durante o seu reinado, de modo a impressionar os povos mais a Sul e demonstrar o poderio da civilização Egípcia. É o que diz o Wikipédia.
E diz bem.

Este é o templo do Sol que Ramsés II dedicou às divindades mais veneradas no Egipto Antigo: Amun, o rei dos deuses, Ra-Horakhty, o deus do sol e Ptah, o deus do submundo... e a si próprio também, Ramsés II, o Deus.

Diz a lenda que o templo foi construído pelos antigos egípcios milimetricamente de modo a que o Sol entrasse no santuário e iluminasse todas as esculturas das divindades excepto a do deus Ptah que convenientemente ficaria sempre na escuridão.
Este fenómeno Solar acontecia precisamente nos dias que se pensam ser o do nascimento do Faraó (21 Fev) e o da sua coroação (21 Out).

Por isso visitámo-lo num dia especial.
Claro que com a passagem dos mais de 3000 anos e com a deslocação do templo para terrenos mais elevados, o fenómeno já não é o que alegadamente costumava ser... No entanto –como pudemos ver- são dias que continuam a ser amplamente celebrados em Aswan e em Abu Simbel com festivais.

Outra obra-prima da engenharia arqueológica que sempre me impressionou nestes templos foi o facto de, nos anos 60, terem sido completamente transladados.
A subida do nível das águas do Nilo como consequência da construção da Grande Barragem de Aswan fez com que a UNESCO decidisse desmantelar os 2 templos e reconstruí-los bloco a bloco numa cota mais elevada, livres de submergirem.
Foram precisos 4 anos e 40 milhões de dolares... mas consta que não conseguiram acertar com a posição correcta para se dar o fenómeno solar, mesmo com tecnologia 3000 anos mais avançada.

Ao lado do templo principal há outro mais pequeno que Ramsés II construiu como presente à sua mulher preferida, Nefertari. E isso percebe-se perfeitamente ao vermos o tamanho das estátuas colossais da Rainha existentes na fachada principal, do mesmo tamanho que as do Faraó... isto ao contrário da tradição em que as estátuas das rainhas nunca ultrapassavam a altura dos joelhos das estátuas dos faraós.

E isso é amor.



1 comentário:

FM disse...

...isso é amor e o amor é belo, e as fotos também o são, pena não dar para clicar no interior desses templos, deve ter sido uma visita e tanto...e roídinho de inveja por aqui deixo o meu comentário