A zona mais antiga do Cairo – Old Cairo – é aquela zona onde foi fundada a cidade de Fustat que floresceu antes da chegada do Islão ao Norte de África e muito antes do tempo de Salah ad-Din.
Este é o centro copta do Cairo. É aqui que se concentram muitos dos locais de culto da igreja cristã egípcia.
Mas encontrámos tudo em mau estado de conservação... e notei alguma falta de tolerância e falta de orgulho na preservação de algo que não é muçulmano.
Pesquisei e percebi que com a chegada do Islão, a população maioritariamente copta que existia na altura começou a converter-se gradualmente para não ter que pagar a jizya (a taxa per capita exigida pelos estados islâmicos a todos os seus cidadãos não muçulmanos) e hoje em dia, aparentemente para escapar ao estatuto social inferior, ou para poder desposar uma mulher muçulmana, já que o Corão proíbe matrimónios de muçulmanas com judeus ou cristãos....
Mas de volta ao Cairo cristão, encontrámos a igreja de San Sergius, que marca o sítio onde, alegadamente, a sagrada família se escondeu, após a sua fuga para o Egipto.
Segundo os livros sagrados, quando Jesus nasceu, em Belém, perto de Jerusalém, surgiu imediatamente o rumor de que tinha nascido o “novo rei dos judeus”, pelo que o rei que estava no poder, Herodes, com medo de perder o lugar no trono começou uma perseguição sangrenta a todas as crianças até aos 3 anos de idade, com o intuito de matar o “novo rei dos judeus” recém nascido.
Mas José, o pai adoptivo de Jesus, é avisado em sonhos por um anjo para se apressarem a fugir para o Egipto...
E quem andou na catequese, sabe que este foi um momento importante...
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