Quando penso em ‘viagens’ penso, entre outras coisas, em itinerário, em ponto de partida e ponto de chegada, em movimento, em liberdade e especialmente em desorganização.
Não penso em trocar o conforto da minha casinha por um hotel do outro lado do mundo e simplesmente... ficar lá a apanhar Sol e beber margaritas.
Não me interpretem mal. Isso é óptimo. Mas não é ‘viajar’.
O objectivo não é chegar rapidamente do ponto A ao ponto B e ficar lá. O objectivo é 'a viagem', o percurso. Quando chego ao ponto B, infelizmente quer dizer que está na hora de voltar para casa.
Porque ‘a viagem’ -para os que de nós não têm a coragem de viver o extreme lifestyle dos nómadas- é a benção da experiência de desorganização de vida momentânea, em que por alguns momentos tudo deixa de ser previsível: os horários, os transportes, as comidas, as pessoas.
A vida organizada dá-nos a sensação de estabilidade necessária para construir algo. Isso é bom. Mas óptimo é poder sair, experimentar o caos, espicaçar o bicho e depois voltar. Dar o valor.
Numa ‘viagem’, nunca sei se vou dormir num sítio confortável, se vou encontrar pessoas simpáticas, se o meu corpo considerará a comida saudável, se vou apanhar o transporte certo à hora certa... Provavelmente sim... mas talvez não.
Na verdade a maior parte da ‘viagem’ é confusão, banhos frios, muito tempo à espera, pessoas chatas, inconvenientes idas à casa de banho e sítios que ficaram para depois... É num desses sítios que começa esta viagem...
Quando mais caótico o destino melhor. Por isso é que adoro a Índia.
As suas cores, comida deliciosa, monumentos fenomenais e interessante cultura ancestral, são um extra.
O que mais adoro na Índia é o caos.
As suas cores, comida deliciosa, monumentos fenomenais e interessante cultura ancestral, são um extra.
O que mais adoro na Índia é o caos.
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