Um dia volto à Índia, o país onde quero voltar desde que de lá regressei.
01-12-2011 foi o dia.
01-12-2011 foi o dia.
Depois da correria normal de aeroporto em aeroporto, chegamos finalmente ao de Delhi.
E a minha teoria do "nunca nada será igual" levanta vôo...
Mas automaticamente!
Não reconheço nada!
É tudo moderno e aparentemente asséptico e faz-me crer que cheguei a um sítio diferente de há 6 anos. Onde estão as centenas de rostos suados que se amontoavam no corredor, com tabuletas na mão exibindo nomes estrangeiros mal escritos? Onde estão os taxistas a guerrear pela corrida até ao centro que não nos deixam dar 2 passos seguidos depois de sairmos dos portões do aeroporto? Não vemos nada disto. Agora é tudo organizado com setas coloridas a indicar zonas de espera e zonas de pick up de passageiros, zona de taxis, zona de autocarros e até interface com uma express line de metro até ao centro... quê?
Qual aeroporto internacional europeu.
Mas automaticamente!
Não reconheço nada!
É tudo moderno e aparentemente asséptico e faz-me crer que cheguei a um sítio diferente de há 6 anos. Onde estão as centenas de rostos suados que se amontoavam no corredor, com tabuletas na mão exibindo nomes estrangeiros mal escritos? Onde estão os taxistas a guerrear pela corrida até ao centro que não nos deixam dar 2 passos seguidos depois de sairmos dos portões do aeroporto? Não vemos nada disto. Agora é tudo organizado com setas coloridas a indicar zonas de espera e zonas de pick up de passageiros, zona de taxis, zona de autocarros e até interface com uma express line de metro até ao centro... quê?
Qual aeroporto internacional europeu.
Depois não reconheço o clima. Chegamos noutra altura do ano e o mês de Dezembro transformou a Índia que nos recebe numa Índia fria. É verdade, o mês de Dezembro costuma fazer destas coisas neste hemisfério, até na Índia... pelo menos às 02h00...
Saio para a rua e sinto o smog. Sinto e cheiro. E por incrível que pareça esta também é uma diferença que noto da outra Índia que conheci com o seu céu limpo e descarregado típico do tempo que se segue às monções. Bem sei que nessa altura tive sorte. Pois este é o céu de Delhi, carregado de poluição, num misto de pó e fumo que se vê mesmo de noite e não nos deixa respirar de pulmão cheio.
Não vejo os vultos das vacas à procura de comida no lixo. Onde estão as vacas de Delhi? Percebo mais tarde que conseguiram finalmente retirá-las das ruas da cidade por causa dos problemas que causavam no trânsito.
Pergunto-me: será que Delhi se transformou numa cidade organizada? Estará tudo assim tão diferente... do tipo tão diferente que não vou gostar??
Disparate. É bem verdade que as miúdas pensam demais...
Basta entrar no taxi... e é o caos.
Basta entrar no taxi... e é o caos.
Trânsito compacto às 02h00, apitos contínuos, ultrapassagens surreais, semáforos vermelhos ignorados, traços contínuos ignorados....
Delhi! É bom saber que também há coisas que nunca mudam.
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