7 de maio de 2014

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Há muito que sonhava com Pequim, a “capital do Norte”.
Primeiro eram os filmes com o Jet Li, depois os livros das viagens do Marco Polo, como seria experimentar a verdadeira comida chinesa, e sempre sempre a aventura de chegar lá no comboio transiberiano.

Mas como começar?
Bem, só na cidade de Pequim poderiam viver 2 Portugalinhos, por isso a primeira impressão que temos ao chegar é a de vastidão a uma escala que não a humana. As auto-estradas de 8 faixas entrelaçam-se em incontáveis prédios com dezenas de andares. A poluição paira e cheira-se. A cidade já é gigante mas a construção é frenética. Percebemos isso pelo número de gruas no skyline.

Pequim é uma das cidades mais antigas do mundo e a sua história remonta a mais de 3 milénios quando era uma zona de encruzilhada de caravanas Mongóis, tribos Coreanas e Chinesas.
Foi capital do império Mongol na altura de Kublai Khan (neto de Genghis Khan) e aproveitou-se durante séculos de estar numa posição estratégica próxima do início da Rota da Seda, em Xi'an, que ligava o Oriente e o Ocidente por terra.

Pequim sempre foi uma cidade de invasores, palco de dramas imperiais com infinitas dinastias assentes numa cidade proibida, centro do universo chinês, culminando numa última, baseada numa ideologia estrangeira, o Comunismo.
Pequim sempre soube adaptar-se, absorver e moldar-se a influências estrangeiras, mas a verdade é que grande parte da cidade foi remodelada no período que sucedeu a chegada de Mao Zedong ao poder, o antigo deu lugar ao novo, uma moderna capital emergiu.

Vemos pessoas de todas as idades a absorver a energia da natureza e a praticar tai-chi nos jardins, vemos jovens a usar o último grito da moda, homens de negócios de fato apressados com os seus laptops e toda, mas toda, a gente com smartphones topo de gama.

Pequim é um mix de antigo e novo, uma cidade incontornável numa visita, por breve que seja, à China e fundamental para entender o contexto chinês.
Uma coisa é certa, é completamente impossível ver tudo o que Pequim tem para nos oferecer de uma só vez.

E eu mal podia esperar para começar a explorá-la.

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