21 de junho de 2005

Nas dunas

17 – Maio – 2005: Hoje andámos imenso... imenso... num calor imenso em cima de um planalto interminável e pedregulhoso. Tivemos outro encontro com uma família de nómadas. Uma menina de 12-13 anos veio acolher-nos com os seus irmãos mais novos. Vendiam artesanato. Ela, morena, lindíssima, vestia roupas coloridas sobrepostas, tinha as unhas pintadas com henna. Havia uma senhora com um olhar muito sorridente que tratava dos tecidos.

Foi o dia da chegada às DUNAS... e é muito difícil andar sobre areia! As minhas botas que são fantásticas quando se anda em solo firme pois parece que andam sozinhas... transformaram-se em autênticos trambolhos de chumbo a pesar toneladas assim que entrámos na areia. O pé enterra-se, não conseguimos andar tão rápido como queremos... foi árduo!


Mas eventualmente chegámos... fabuloso! Depois de 2 dias a andar no deserto, este grupo de 4 pessoas e 3 camelos chegou às dunas e pareceu estranho ver outras pessoas, jipes e motas, os trilhos no chão, o barulho dos motores...
Acampámos mesmo no meio das dunas de CHEGAGA e adorámos, tirar as botas e descê-las a correr, enterrar a perna na areia até ao joelho. À noite, a luz da lua crescente iluminava a areia, ouviam-se cantares ao longe acompanhados pelo som de tambores... eram os nossos vizinhos... Eles também nos deviam ouvir a nós.



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