9 de novembro de 2005

As RELIGIÕES da Índia

A Índia será provavelmente um dos países com maior diversidade religiosa do mundo.

HINDUÍSMO

É a religião predominante (85% dos indianos são hindus) e é conhecida como a religião mais antiga do mundo, o produto de milhares de anos de evolução de várias práticas e tradições indianas, em que não existem profetas nem fundadores e em que cada pessoa acredita num espírito supremo cósmico, que pode ser adorado de várias formas e representado por várias divindades. O hinduísmo assenta em várias práticas vistas como meios para ajudar cada um atingir o seu próprio estado divino.
O conceito de deus é algo vasto pois depende das filosofias individuais de cada um e o panteão hindu é do mais complexo que existe.

Existe a trindade principal: Brahma (o Criador), Vishnu (o Preservador) e Shiva (o Destruidor), cada um deles tem a sua consorte ou lado feminino (Saraswati, Lakshmi e Parvati, respectivamente) e todos podem assumir várias formas, ser conhecidos por vários nomes e, claro, ter várias encarnações ou avatares.

Depois existem Hanuman, o deus macaco e figura central do Ramayana, o poema épico hindu e o meu preferido, Ganesh, o deus-elefante, filho de Shiva e Parvati e um dos deuses hindus mais adorados: é o deus da boa sorte, conhecido como o Destruidor de Obstáculos... o que dá sempre jeito.



ISLÃO

Também está muito presente na Índia.
No entanto, a existência de um só deus, Allah, e os costumes religiosos dos muçulmanos separam-nos brutalmente dos hindus de modo que existem, como se sabe, conflitos graves entre uns e outros.
A chegada do Islão ao subcontinente indiano teve grande impacto na civilização de tal modo que levou à divisão do território e à criação de 2 estados muçulmanos separados da Índia, o Bangladesh a Este e o Paquistão a Oeste.
Mas é impossível viajar na Índia e não reparar nas influências que esta religião teve na arquitectura, por exemplo.


SIKISMO

É uma religião relativamente recente, tem apenas algumas centenas de anos e nasceu na zona onde hoje é fronteira entre o Paquistão e a Índia. O seu fundador, o Guru Nanak, filho de mãe muçulmana e pai hindu, estava igualmente ligado ao hinduísmo e ao islão e então chegou à conclusão que Deus não era hindu nem muçulmano e que todos os deuses eram várias faces de um só Deus.
O sikismo convida à meditação e tende a não se cingir ao sistema de castas hindus. Os seus seguidores são facilmente reconhecíveis pois usam um turbante onde acomodam o cabelo que não deve ser cortado, tal como a barba.




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