17 de janeiro de 2011

Cruzeiro no Nilo

21-Outubro-2010

Após a correria habitual para chegar ao barco, quando chegamos zarpamos imediatamente.
E afinal como é que funcionam os célebres cruzeiros no Nilo? Há-os para todos os gostos e para todas as carteiras.

Dos rápidos de 2 dias entre Aswan e Luxor, perfeitos para quem não tem muito tempo para gastar mas não dispensa a sensação de relax de viajar de barco rio acima, até aos cruzeiros de semanas entre o Cairo e Abu Simbel...


Não somos “cruise-persons” por isso o tipo de cruzeiro mais rápido foi sem dúvida, a maneira melhor e mais conveniente de seguir viagem.
Para não voltar “pelo mesmo caminho” (ou seja, pelo mesmo meio de transporte, o comboio). Para fazer o necessário e merecido time-out do assédio constante de que os turistas são alvo no Egipto. Para nos apercebermos porque o Nilo é a verdadeira artéria deste país, do vale verdejante que o acompanha. E já agora para aproveitar ver algumas maravilhas de arquitectura que os antigos egípcios construíram cuidadosamente ao longo do rio.

E por 40€ a noite, o esquema dos cruzeiros é o seguinte:

07:00 – 09:00 – pequeno almoço
piscina
13:00 – 14:00 – almoço
piscina
16:00 – lanche
piscina
19:30 – 21:00 – jantar
22:00 – show

Claro que dada a proximidade ao trópico de cancer, a piscina só é possível debaixo de guarda sol... e pelo caminho fazemos paragens para visitar os templos de Kom Ombo e Edfu.





À noite damos por nós numa espécie de freak show com os turistas russos e franceses mascarados de faraós para as fotografias, depois vendidas a 5€ cada...

Nós aproveitamos para ir para o terraço ver as estrelas e ouvir a água do rio a escorregar no casco do navio.
Mas não estamos sozinhos. Lá, a bailarina de dança do ventre espera escondida pelo momento da sua actuação.
Nem vamos sozinhos. Acompanham-nos duas cervejas geladinhas que contrabandeámos para dentro do barco. É estritamente proibido consumir bebidas não adquiridas a bordo... mas o preço inflaccionado faz com que seja uma grande tentação comprá-las aos vendedores de rua.

A verdade é que os cruzeiros no Nilo, apesar de serem um grande sucesso entre os turistas, não são nem podem ser representativos do que é o verdadeiro Egipto.

A bailarina desce e os gritos e aplausos dos turistas sufocam o tilintar das moedas que ela balanceia à cintura.

Continuamos no terraço. Continua a escorregar a água do Nilo. E a cerveja contrabandeada também.

1 comentário:

fm disse...

Belissimo diário de viagem...gosto das geladinhas vencerem a bailarina.