24 de agosto de 2011

uma noite em Belgrado

Ao deambularmos pelas ruas perguntamo-nos se alguém trabalhará nesta cidade.... As ruas estão cheias de gente tal como os cafés e esplanadas.
Em Belgrado parece que todos os dias são fim de semana.
E como lemos algures, se todos os dias são fim de semana, todas as noites são véspera de fim de semana...

Dizem que se nos abstrairmos do cliché que é Las Vegas, ou dos muitos locais na Europa durante a silly season...  Belgrado é “a” cidade da diversão nocturna por excelência. Cartazes nas ruas anunciam todo o tipo de espectáculos e eventos artístico-culturais: 3 dias antes tinha acontecido o que viria a ser o último concerto da Amy Winehouse, 15 dias depois seria o internacionalíssimo EXIT festival em Novi Sad... Esta é época alta de festivais também na Sérvia!
Não há falta de sítios para ir conviver e dançar...  e beber. Há bares para todos os gostos, em casas particulares, ao ar livre, em barcos ou em caves debaixo do chão...

Ao pôr do sol apanhamos um autocarro para o outro lado do Sava até Zemun nas margens do Danúbio. Esta zona, fora do pulsar do centro da cidade é perfeita para jantar num dos muitos restaurantes sobre o rio. 

Escolhemos o Saran um must de Belgrado... principalmente porque nos permitiu comer um belo peixe de rio sérvio regado com um belo fio de azeite português, isto ao som de música das balcãs tocada ao vivo como é costume por aqui.

Depois caminhamos até à zona de bares flutuantes, junto ao hotel Jugoslavija, a grande landmark da zona, bombardeado em 1999 pela NATO.
Esta é uma zona muito movimentada. Vamos por um passeio/ciclovia que se desenvolve ao longo dos 10km de Zemun a Belgrado. 
Reparamos que à meia noite as ruas estão cheias. De gente a andar de patins ou de bicicleta ou a passear, jovens, velhos, casais a namorar, crianças.
E é 3ª feira.

Alguém nos recomenda o bar flutuante Acapulco por ser popular entre os amantes de turbo-folk, um estilo de música originária nas Balcãs conhecida por misturar música popular folk sérvia com elementos de pop e dance music.
O Acapulco está vazio às 00h30, mas por aqui não faltam outros bares flutuantes para beber um drink.

Outro club da moda é o urbano Andergraund, junto à fortaleza de Kalamegdan. 
Por isso, depois do drink, em 2 minutos de taxi trocamos o ambiente ligeiramente decadente dos clubes flutuantes por um terraço moderno e fluorescente, com música vibrante e cheio de gente bonita... É uma daquelas noites quentes em que dançamos sem parar...
 
Belgrado e eu começámos com o pé esquerdo, mas depois percebi. 
É uma cidade muito boémia, moderna e apesar de não ter o factor “wow” de outras cidades europeias há todo um outro feel que torna esta numa cidade onde nos sentimos bem.

Quando saímos do frenesim do Anderground, de madrugada, caminhamos até ao hotel e pelo caminho continuam a chegar-nos sons de outras paragens, outras festas, outros concertos...

A noite ainda era uma criança.

O bom de Belgrado é que não se faz o que os turistas fazem e depois se restar tempo sai-se para viver a cidade. Não.
Em Belgrado vive-se logo a cidade, tal e qual como o corpo pede.

2 comentários:

Anónimo disse...

hmm, pelo k eskreveste, senti-me em Belgrado a saltitar de spot em spot até ao amanhecer!
parece-me que começaste com o pé esquerdo mas que Belgrado ganho um lugar especial :D

ana

Vento no Cabelo disse...

Sim!
Belgrado foi uma agradável surpresa. **