11 de maio de 2012

Durbar Square people

Cheguei à Durbar Square de Kathmandu pensando que ia fotografar arquitectura. São extraordinários os pormenores existentes nas construção desta cidade. Seja em madeira, em pedra ou em metal, esta é uma das zonas mais ricas em arte e escultura do mundo. E os pormenores estão virtualmente em todo o lado. Em qualquer esquina, parapeito, ruela ou quintal encontramos arte sob as mais variadas formas.

Chego à Durbar Square de Kathmandu com o coração a palpitar de expectativa pronta para me maravilhar com uma arquitectura exótica de madeiras quentes fendilhadas e empenadas de tantos séculos de exposição aos elementos. Chego pronta para me maravilhar com a explosão de cor nas paredes avermelhadas dos templos a serem iluminados pelo Sol do fim da tarde...

Rapidamente me apercebo que a Durbar Square de Kathmandu é isso e muito mais.
O melhor e mais surpreendente são as pessoas e como se relacionam com os edifícios magníficos que as rodeiam.








Estamos a falar de edifícios, alguns, com mais de 400 anos, e não é por isso que são resguardados ou protegidos ou proibidos. São edifícios vividos. Os degraus estão gastos de quem passa, de quem fica a fazer o comércio, os ícones dos deuses estão gordurosos das centenas ou milhares de mãos que os tocam diariamente, estão pintados com as cores sagradas, têm restos de comida ou flores esmagadas das oferendas.








O Kasthamandap (Kastha=madeira Mandap=abrigo), é um dos edifícios mais antigos do mundo feito inteiramente de madeira e é conhecido por ter dado o nome à cidade. Desde sempre que Kathmandu se situa nas rotas comerciais entre o Tibete e a Índia, e desde sempre este edifício deu abrigo aos comerciantes que por aqui passavam.

Hoje, ainda é considerado um local de abrigo para aqueles que não têm onde pernoitar e foi um dos meus locais preferidos da Durbar Square.

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