18 de janeiro de 2008

Vida de GARIMPEIRO

Ao jantar o Nilson falou-nos um pouco da vida dele quando era garimpeiro e de como um diamante pode mudar a vida da pessoa que o encontra, a maior parte das vezes pelo lado negativo.

“O diamante transtorna a cabeça das pessoas. O diamante pede sangue” diz-nos. “Você encontra um diamante e mostra ele para o seu maior amigo e no dia seguinte você tá na beira da estrada morto pelo seu amigo.”

Dizia que um diamante tinha o nome da pessoa que o ia encontrar. “Você pode tar meses procurando diamantes e passar ao lado de um, mas se ele não tem o seu nome, você não vai encontrá-lo”. A crendice que permite ao garimpeiro adormecer à noite.

Contava com alguma amargura que o garimpeiro era quem lucrava menos no negócio do diamante pois tinha que se ver livre dele rapidamente vendendo-o por tuta e meia. Por dois motivos: a obvia necessidade do dinheiro mas principalmente para não atrair invejas e mau olhado.

Depois, com um olhar meio hipnotizado, meio sonhador, olhou para um bocado de maçã que tinha na colher e disse que já tinha encontrado um daquele tamanho.
“Não esteve na minha mão nem 15 dias”.

2 comentários:

Anónimo disse...

vida dificil essa dos brasius

Lou* disse...

Não acontece o mesmo com as pessoas abastadas? Em todas as partes do mundo?
A diferença é simplesmente a forma. Num é o diamente para outros é o dinheiro.
Qualquer das maneiras traduz-se em sede de poder.
Quem disse que o poder reside nessas duas realidades?