A grande atracção e encanto que o Pico exerce
sobre as pessoas, deve-se em grande parte à sua montanha, perfeita e
feiticeira.
Para quem gosta de caminhadas, a subida ao topo
da montanha do Pico é sem dúvida um dos pontos altos de qualquer visita aos
Açores, mas se não for devidamente acautelada também poderá transformar-se numa
missão inglória.
Isto porque como na maior parte das montanhas,
no Pico o tempo também muda sem aviso, de uma hora para a outra, e nós deixamos
de ser propriamente senhores do nosso destino no que diz respeito às vistas e
principalmente no que diz respeito ao desfrutar da caminhada.
Para a boa saúde das expectativas a decisão de “subir
ou não subir” deve ser tomada in situ,
com um olho nas previsões meteorológicas e outro na montanha. Neste caso não
vale muito a pena programar com antecedência.
A montanha é que sabe.
Feiticeira.
E se por acaso estiver bom… let’s go! É agora!
Pés ao caminho!
O ponto de partida é na Casa da Montanha, perto
do Cabeço das Cabras, onde acaba a estrada que vai para a Montanha, aos 1200 m
de altitude.
Na Casa da Montanha faz-se o registo dos
caminhantes através de um Sistema de Rastreamento por GPS, ou seja, é entregue
ao caminhante um dispositivo GPS que, em caso de emergência, permite activar uma
equipa de resgate. É ultra-recomendável fazer este registo, principalmente se
estiver mau tempo ou se dormir na cratera fôr uma opção (para ver o nascer do
Sol no Piquinho, por exemplo).
A partir da Casa da Montanha só é possível
seguir a pé, num trilho de aproximadamente 4 km até ao topo, bem assinalado por
46 marcos sucessivos que se destinam a guiar o caminhante. Caso não haja
nebulosidade é sempre possível avistar o marco seguinte. Se isso não acontecer
é um bom indicador para não continuar.
Normalmente são 3h e muita persistência para
subir, seguidas de 3h e algumas dores nos joelhos para descer. Já vi pessoas de todos os tipos e idades a fazer este percurso, desde o experimentado caminhante solitário,
às famílias com crianças e avós, por isso eu diria que, no que diz respeito à
subida ao Pico, se aplica muito bem a máxima do “querer é poder”.
A roupa e botas devem ser confortáveis, levar impermeável para alguma eventualidade e um agasalho pois a temperatura no topo
pode ser 10 a 15ºC mais baixa que aos 1200 m, levar água, um bastão que ajuda sempre na
caminhada e máquina fotográfica. Para dormir lá em cima não é má ideia levar
agasalhos redobrados e tenda ou sujeitam-se à noite mais mal dormida de todo o
sempre.
O resto é caminho. Vistas deslumbrantes e uma
experiência sempre inesquecível.
a furna (a 30 minutos do início)
trilho
seguir os marcos
chegada a cratera
piquinho
vista do piquinho - são jorge
breves instantes de nevoeiro no piquinho (ah pois é!)
enjoy the view!
next stop, faial
Dados
(aproximados): distância: 8.0km | duração: 6h | desnível total: 1151m(up) 1151m(down)
1 comentário:
Bem, as formas das rochas são absolutamente fantásticas! Nunca tinha visto fotografias do chão do caminho, confesso que fiquei gulosa :-).
C.
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