16 de fevereiro de 2011

welcome Amman

28-Outubro-2010

Quando chegamos a Amman, depois de uma viagem tão estéril quanto possível (3h em auto-estrada com paragem a meio do caminho numa área de serviço chamada “Midway Stop”), fico verdadeiramente surpreendida com a modernidade da parte nova da cidade, caracterizada por arranha-céus, avenidas largas e trânsito caótico como qualquer outra metrópole do mundo.

Seguimos para o bulício da baixa da cidade onde procuramos resolver 3 assuntos pendentes:
- marcar canyoning para o dia seguinte;
- encontrar hotel;
- obter informações para a possibilidade (não programada) de irmos a Jerusalém;

- O canyoning para o dia seguinte resolve-se facilmente depois de um telefonema ao Hakim da Tropical Desert.;
- não é muito fácil arranjar hotel pois o nosso rough guide de 2007 revela-se mais uma vez muito desactualizado. Muitos hotéis já não existem, outros estão fechados.
- para Jerusalém, a informação também não é muito animadora... ao que parece a passagem da fronteira na King Hussein Bridge é muito demorada, principalmente para quem tem ar de árabe e pode ser um processo que demora algo como 7h....

Começo a desmoralizar... estou cansadíssima do dia em Petra, e as pessoas com quem falámos nem por isso foram prestáveis...

Mas isso muda rapidamente.
Bastaram 20 minutos a jantar no Hashem, uma instituição na baixa de Amman, que descobrimos por acaso. Não parece um restaurante porque as mesas estão postas na rua, num beco...
Mais uma vez somos encaminhados por um empregado simpatiquíssimo para uma mesa que vaga de repente.... Não fala inglês, só árabe,..

Também não sabemos o que pedir, nem quanto custa, não há menu... Mas o empregado diz-nos uma palavra que nos parece bem: “Mix?”.

“Ok”. respondemos.


E em menos de um minuto temos a mesa cheia de comida: pastéis de falafel, hummus (uma pasta de grão de bico) misturado com tahini (uma pasta de sésamo), fuul (feijão), salada de tomate e cebola, batatas fritas... uma miscelênea que comemos sem talher, como vemos os outros fazerem, com um bocadinho de pão da mão. A acompanhar, o indispensável chá de menta.

Absolutamente maravilhoso... a comida, o ambiente descontraído, o estarmos ali completamente incógnitos, os sorrisos e gargalhadas com os episódios "lost in translation"... um contraste profundo com as zonas hiper mega turísticas que visitámos anteriormente neste país.

Foi o melhor tipo de boas vindas que podíamos ter tido em Amman...
... e tudo por 1.5€...

1 comentário:

fm disse...

uns pratinhos com um aspecto bem apetecível e uma boa prosa, gosto deste post