6 de setembro de 2016

mercados [para nos perdermos]


Para ficar com uma boa ideia de como são as coisas num país ou região, gosto sempre de visitar o mercado local. Quer seja para me tentar misturar com as pessoas, experimentar a gastronomia ou simplesmente encontrar um souvenir, sinto que visitar mercados eleva e apura a minha experiência de viagem.
Dos superabundantes empórios de produtos alimentares gourmet, aos coloridos bazares e souks do médio oriente, às feiras da ladra mais vintage, os mercados são uma montra do dia-a-dia da vida das pessoas e permitem aos visitantes mergulhar a fundo na cultura. 
Deixo aqui alguns mercados absolutamente imperdíveis, onde em muitos é preciso estar preparado para regatear e em todos é garantido sair de lá a pensar que devia ter viajado com mais espaço livre na mochila.

Paris
Não é à toa a paixão dos parisienses pela gastronomia. Paris tem dezenas e dezenas de mercados de comida ao ar livre. No mercado da Avenue President Wilson no 16eme arrondissement (4as e sábados, manhãs) encontramos a melhor fruta, legumes, pão, peixe e claro, queijo, no fundo tudo o que precisamos para um belo picnic nos muitos jardins que a cidade oferece. 


Marrakech
Dizem que deambular nos souks de Marrakech é uma das melhores experiências de “shopping madness” do mundo. Na prática são vários souks especializados em várias coisas interligados por ruelas labirínticas, onde encontramos tapetes, especiarias, cerâmicas, sandálias, têxteis, candeeiros, jóias, feitiços e poções de amor. 
Marrakech especializou-se em tudo.


Amesterdão
Em Amesterdão descobrimos o único mercado de flores flutuante do mundo, um dos locais mais interessantes da cidade com uma sazonalidade muito própria. Neste mercado encontramos todo o tipo de tulipas, mas também outras flores e os seus bolbos que podemos trazer para plantar em casa.  


Kathmandu
Em Kathmandu é preciso estar preparado para o caos, o mercado é “onde o Homem quiser”. Para além de bancas com as roupas tradicionais, artesanato colorido, estátuas religiosas ou telemóveis, qualquer degrau de templo é bom para montar o estaminé e vender uns legumes.


Pisac
O Mercado de Pisac é um dos mais famosos mercados na região de Cusco, no Peru.
Hoje em dia grande parte do mercado está direccionado para o turismo, com artesanato variado, ponchos, chapéus, instrumentos musicais andinos, produtos de alpaca etc, mas aos domingos as comunidades locais quechua descem das montanhas e assentam arraiais na praça principal para vender os seus produtos e adquirir mantimentos para a semana, dando ao mercado maior sensação de autenticidade.


Xian
As cidades encruzilhada são tradicionalmente grandes cidades comerciais. E tal como Marrakech no norte de África ou Kathmandu nos Himalaias, Xian era a cidade encruzilhada da Rota da Seda. Esse tempo já lá vai mas ficou o mix cultural e o espírito mercantil. Foi o que mais gostei de experimentar no Muslim Quarter, a par do Paomo, um guisado de cordeiro com pão, o típico snack de Xian que é (mesmo) delicioso.


Londres
Por toda a cidade de Londres existem mercados de comida, de antiguidades, ou feiras da ladra. Entre eles, o Mercado de Brick Lane no East End onde se misturam cassettes de VHS antigas, bonecas de trapos ou bibelots de loiça, com aspirantes a designers e fanáticos do retro. Por vezes encontramos feiras gastronómicas que nos oferecem uma enorme e ecléctica panóplia de iguarias, do yakisoba japonês ao café blue mountain jamaicano. Como só Londres consegue.


Atenas
O Mercado Central de Atenas situa-se dentro de um edifício metálico do século XIX. Mas poderá ser difícil olhar para o edifício em si com os comerciantes de avental a disputar a atenção dos visitantes. Querem que se veja como o peixe é fresco, como as escamas brilham. 


Istambul
Nesta lista não podia faltar um dos mercados mais antigos no mundo, o Grande Bazaar, no coração do centro histórico de Istambul, desde o século XV.
Barulhento, cheio de pessoas, por vezes claustrofóbico, este labirinto extraordinário começou por ser um pequeno armazém que cresceu engolindo pequenas lojas e caravançarais vizinhos.
No Grande Bazaar vende-se tudo, mas é melhor estar preparado para regatear, regatear muito. 


Barcelona
Por falar em mercados antigos, La Boqueria é outro deles, um mercado de produtos gastronómicos, hoje em dia talvez um pouco difícil de apreciar devido às hordas de turistas, mas ainda assim, um imperdível ícone cultural de Barcelona.


Palermo
Os mercados históricos de Il Capo e Vucciria são locais incontornáveis para quem quiser absorver a atmosfera típica siciliana de Palermo, principalmente de manhã cedo quando o bulício e a algazarra de vozes entusiasmadas é maior.
Vende-se peixe, carne, pasta e aqueles vegetais que podem perder em aspecto mas ganham de certeza em sabor, no fundo todos os ingredientes relacionados com a gastronomia tipicamente italiana.


Delhi
Perto do Red Fort em Delhi, encontramos Chandni Chowk, um dos mercados mais intensos da Índia, senão do mundo, que vende tudo desde saris, pulseiras, amuletos religiosos, comida, DVD's de clássicos Bollywood ou electrodomésticos. Caminhar pelas suas ruelas altamente congestionadas poderá ser uma tarefa hercúlea, mas certamente memorável.


Bangkok
Uma das grandes atracções de fim de semana, quando em Bangkok, é ir ao popular Chatuchak Weekend Market. De tudo o que se pode imaginar, é certo que se vende lá: roupa interior, insectos fritos, imitações baratas de marcas caras ou animais de estimação, para além dos habituais souvenirs, tecidos tailandeses, artesanato, especiarias asiáticas. É calçar uns sapatos confortáveis e estar preparado para gastar até ao último baht.


Dubai
E para acabar, o Gold Souk do Dubai, com a sua enorme colecção de lojas e sua notável variedade de produtos a preços excepcionalmente razoáveis. Montra após montra, um mar infinito de pulseiras, colares e anéis, de diamantes, esmeraldas, rubis e safiras, de platina, ouro e (raramente) prata.
O Gold Souk no Dubai é uma experiência bem capaz de nos deixar os olhos a cintilar.



Shop 'till you drop!

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei!
Mas falta aqui o mercado do Bulhão, carago! :-)
C.